sábado, 9 de abril de 2011

A historia da Philips

Quando o famoso inventor Thomas Alva Edison demonstrou em 1879 a sua lâmpada elétrica em Menlopark, Nova Iorque, chamou a atenção de um estudante de engenharia mecânica holandês, na época com 21 anos, chamado GERARD PHILIPS (1858-1942).
A fundação da Philips & Co. se dá 12 anos depois ( 1891 ) na cidade de Eindhoven (Holanda), com um capital inicial de 75,000 Florins financiado por seu pai, o banqueiro Fredérik Philips (1830-1900) e 10 empregados, tendo por finalidade a fabricação de filamentos de carvão para lâmpadas incandescentes e luminárias, em um salão de 18 X 20 mts.
Com 1 ano de funcionamento, recebe uma encomenda de lâmpadas de um grande fabricante de velas, subindo sua produção diária para 500 lâmpadas em 1895. Era uma grande produção para um pequeno país como a Holanda. Nesta época em função das dificuldades financeiras, começa a pensar em atuar fora do país, e para isso, convida seu irmão mais jovem Anton Philips (1874-1951) para participar deste desafio.
O negócio prospera e antes da virada do século, a PHILIPS é a maior fábrica de lâmpadas do mundo. Em 1912 o nome PHILIPS & CO é mudado para " N.V. Philips Gloeilampenfabrieken " ( empresa de capital aberto ) e em 1914 é aberto o famoso laboratório de física (NATLAB), onde muitas invenções, pesquisas e descobertas são realizadas.
Antes da primeira guerra mundial, seus produtos são comercializados na América e na França.
Em 1918 a Philips inicia a produção de válvulas.
Um fato curioso é que a Philips logo após iniciar a fabricação de válvulas, lançou uma série com filamento de baixo consumo próprias para uso em equipamentos operados a bateria, (muito comum naquela época) denominando-as de "MINIWATT". Posteriormente, o termo Miniwatt tonou-se sinônimo de válvulas Philips
Na década de 20, como parte de um próspero programa de diversificação em suas atividades, o grupo Philips está presente em vários países, tais como Espanha, Polônia, Noruega, China, Suécia, Itália, Suíça, Finlândia, Checoslováquia, Brasil, Inglaterra, Dinamarca, Áustria, Hungria, Alemanha e Austrália, alem de escritórios de representação na Nova Zelândia, Romênia, Portugal, Argélia, Iugoslávia, Israel, Luxemburgo, Índia, Grécia, Turquia e Japão. Todas as filiais são supridas com material fabricado pela matriz em Eindhoven.
A partir desse momento, a Philips passa a patentear suas inovações nas áreas de Radiografias (R.X.) e recepção de ondas de Rádio.
Também no início da década de 20, inicia a produção de uma série de componentes utilizados na construção de aparelhos eletrônicos como o carregador de bateria ( 1016/1017 ), o retificador ( 372 ) e componentes para transmissão e recepção.
Em 28 de julho de 1924, é inaugurada a filial brasileira na cidade do Rio de Janeiro, para a importação e a venda dos produtos Philips fabricados em Eindhoven.
Em 1925, participa no desenvolvimento da primeira Televisão.
Em 1926, inicia a fabricação dos conhecidos alto-falantes 2003 tipo "chapéu chinês"

PRIMEIRA VÁLVULA PENTODO

Apesar de pouco conhecido, a válvula "PENTODO" foi inventada nos laboratórios da Philips na Holanda por dois de seus funcionários - Drs. Gilles Holst e Bernard Tellegen, tendo sido solicitado a patente para o invento no dia 14 de dezembro de 1926. Como haviam pesquisas paralelas nesse tipo de válvula em outros fabricantes, a Philips, para salvaguardar a nova invenção, solicitou o registro das patentes em outros 18 países.
Um detalhe curioso e que poucas pessoas sabem hoje, é que o quinto pino da maioria das válvulas Pentodo de fabricação Philips e Mullard ( posteriormente a Telefunken adota a mesma estratégia ) colocadas à venda na época, era montado na lateral, com uma porca recartilhada possibilitando aos proprietários dos rádios já existentes, trocarem as válvulas Triodos "agora obsoletas" por uma válvula Pentodo moderna sem a necessidade de trocar o soquete, bastando adicionar um fio da fonte de +B e conectá-lo ao referido pino na lateral.
Foi lançada comercialmente em setembro de 1927 na feira de Utrecht junto com o lançamento do primeiro rádio da Philips, porem só é incorporada ao modelo 2502

O PRIMEIRO RÁDIO DA PHILIPS

A Philips demorou até 1927 para fabricar um receptor completo. No dia 06 de setembro, na feira de Utrecht, é apresentado o rádio 2501 , primeiro receptor da Philips com alimentação e alto-falante separados.
Este modelo de rádio era muito moderno para a época pois ao contrário de muitos outros rádios de seu tempo, ele era de fácil ajuste, não tinha bobinas para fora e vinha com somente dois controles para a sintonia, ganhando com isso muito sucesso.
O rádio 2501 era vendido pela Casa Lucas, a maior distribuidora de rádios da marca Philips no Rio de Janeiro.

Veja em mais detalhes nesta foto, o primeiro rádio da Philips.
A seguir, a Philips lançou o modelo 2516, uma pequena caixa de metal que, por seu formato, ganhara o apelido popular de Chapeuzinho Vermelho. Tinha três botões. Um para mudar as faixas de onda, um para sintonizar as estações e outro para o ajuste do oscilador ( nessa época os receptores funcionavam por um processo denominado de RFS, -"Radio Frequência Sintonizada"-, não possuindo portanto F I, -"Frequência Intermediária"- ).
Dentro de um ano a Philips é a maior fabricante de Rádios na Europa.
Após tremendo sucesso, baseado não só em uma boa estratégia de marketing, mas também em função da boa qualidade de seus produtos, alcança vendas de 1 milhão de aparelhos em 1932, e 100 milhões de válvulas em 1933.
Em 1933, inicia a produção de aparelhos de Raio X para uso na medicina, nos EUA.

Em 1939, lança no mercado o primeiro barbeador elétrico.
Após a interrupção da Segunda Guerra Mundial durante o qual a administração da Philips refugia-se nos Estados Unidos, a companhia continuou crescendo, comercializando seus produtos com a marca Philips, Magnavox, e Norelco. Lançou a fita K7 em 1963, ajudou a criar o Compact Disc e o videocassete, produzindo seu primeiro circuito integrado em 1965.
No Brasil, o processo de crescimento da Philips foi idêntico ao acontecido na américa. Como foi dito acima, a Philips estava presente com escritórios de representação no Rio de Janeiro desde 1924 e durante a segunda guerra mundial, meados de 1941, tentando escapar dos conflitos entre Alemanha e demais países da Europa, procura um estado neutro para desenvolver novas tecnologias. Com isso, descobre a necessidade das Forças Armadas Brasileiras em ter uma indústria de eletrônica no país. No início da década de 40, os equipamento de comunicação das Forças Armadas Brasileiras estavam obsoletos. Impedida de renová-los devido às condições mundiais ( 2a guerra ) alem do fato da maior parte desses equipamentos serem de fabricação Telefunken ( Alemão ). Sendo assim, o grupo Philips estabelece uma parceria com a Cacique ( A Cacique -"Indústria Paulista de Eletricidade"- foi fundada em 1933 por um grupo de pioneiros, dedicada à fabricação de rádios ), surgindo assim a INBELSA -"Indústria Brasileira de Eletricidade S./A."- que teve participação importante no desenvolvimento das telecomunicações brasileiras nas décadas de 50 e 60 fabricando entre outros itens, transceptores para O.C.. Da mesma forma acontece com a IBRAPE ( Indústria Brasileira de Produtos Eletrônicos ) e a Philips do Brasil.
Faz parte da história da Philips, a aquisição da indústria inglesa MULLARD Radio Valve Company em 1926, incorporando a fábrica de válvulas, a fábrica de receptores e o logotipo "PM" que passa a ser divulgado como "Philips Mullard". A Mullard e a Franklin (divisão Argentina da Philips ) fabricaram diversos modelos de rádios nas décadas de 50 e 60, ( muitos deles fabricados e distribuidos no Brasil pela RADELSA, Rádio e Eletricidade S.A.).
Clique AQUI e veja uma tabela com a equivalência entre os modelos de rádios fabricados pela Philips, Mullard e Franklin nas décadas de 40, 50 e 60 no Brasil.
Na segunda metade da década de 60, o grupo Philips inaugura em Recife com incentivos fiscais da SUDENE, a Philinorte -"Philips Eletrônica do Nordeste"-, voltada à fabricação de aparelhos e centrais telefônicas. Os equipamentos fabricados nessa divisão eram tão bons, que contavam-se estórias muito divertidas. Diziam na época que para operar as centrais da Philips, havia a necessidade somente de um homem e um cachorro. O homem para alimentar o cachorro e o cachorro para não deixar o homem mexer na central.
A Philips nos dias de hoje, está presente em várias segmentos como iluminação, baterias, televisores, rádios, compact disc, gravadores de áudio e vídeo, eletrodomésticos, produtos pessoais, produtos profissionais, inclusive na área de telecomunicações, computadores, informática e equipamentos para escritório, com industrias e subsidiárias em todo o mundo.
No Brasil, teve ou tem sua história ligada à Sul América, Wallita,........Peterco, mas, a partir desta data, os produtos e assuntos são modernos, vamos deixar essa pesquisa para as próximas gerações.

COMO NASCEU O EMBLEMA DA PHILIPS

A logomarca da Philips tem uma história com mais de 70 anos. As linhas onduladas e as estrelas representam as ondas de rádio que atravessam o éter e foi inicialmente usado em 1925 como decoração em cabeçalho de cartas, papeis de escritório, anúncios, materiais de divulgação e também em caixas de válvulas 'Miniwatt' usadas em rádio.
O desenho ao lado foi uma das primeiras tentativas da Philips em fazer uma logomarca
O número de estrelas usado neste período teve algumas variações. Existem exemplos de uma única estrela, uma combinação de duas e um conjunto de até 12.
No início dos anos 30, o emblema composto somente pelo círculo com quatro estrelas em combinação com as três linhas onduladas, para simbolizar a abertura circular de um loudspeaker era constantemente usado em uma grande variedade de produtos tornando-a mundialmente conhecida. Porém, quando foi decidido solicitar o registro da logomarca, descobriu-se que uma companhia química multinacional, a "ICI", tinha uma marca circular bastante semelhante já registrada, tornando impossível para a Philips usar seu emblema circular e a palavra Philips dentro dele.
O emblema resultante - agora mundialmente famoso - foi criado em 1938.
Desde então, esta logomarca é usada em todos os seus produtos, associando o grupo Philips à mundialmente conhecida marca Philips.

Sociedade Rádio Philips do Brasil - PRA-X







Copyright © - 2000 João Mello
RÁDIOS ANTIGOS NO BRASIL
Os rádios da marca Philips de qualquer época atualmente são considerados altamente colecionáveis tanto no Brasil como principalmente no exterior. No Brasil, temos certa facilidade de encontrá-los na região sul/sudeste em antigas oficinas, feirinhas e antiquários, ( muitos deles em pleno funcionamento para deleite dos colecionadores ) devido à marcante presença da Philips no eixo Rio-São Paulo, assim como a preferência de uma parcela da população dessa região, descendentes de imigrantes europeus.
Voltando à história da Philips....
Clique AQUI para ver os mais belos cartazes da Philips
Na década de 20, a indústria holandesa instala-se no Brasil e para divulgar seus produtos, funda em 12 de março de 1930 na antiga Capital federal a PRA-X - Sociedade Rádio Philips do Brasil.
Era possuidora do melhor som dentre as demais emissoras da época, não só pela potência do sinal irradiado mas também pelo bom funcionamento dos rádios da marca vendidos à elite carioca por um pernambucano que viria a se tornar em um dos mais famosos produtores de programas de rádio da época: "Ademar Casé" . ( avô da atriz e apresentadora de programas Regina Casé -MUVUCA- ). Seus locutores propagavam -na como sendo a emissora do signo das estrelas, já que compunham sua logomarca o desenho de 4 estrelas.
Ademar Casé iniciou sua trajetória de sucesso no rádio em um Domingo, 14 de fevereiro de 1932. Essa foi a data de estréia do Casé.
Conforme conta seu neto Rafael Casé no livro Programa Casé - O Rádio Começou Aqui, duas horas antes de entrar no ar, todos já estavam reunidos no estúdio da rádio Philips localizado no quinto andar da Rua Sacadura Cabral, 43 - pertinho da Praça Mauá, no centro do Rio. Tudo pronto para a primeira irradiação do Programa Casé, um nome que, aliás, surgiu por acaso. Ademar convidou o Dr. Victoriano Augusto Borges, diretor da Rádio Philips, para saudar os rádios-ouvintes em nome da emissora. Porém, poucos minutos antes de o programa ir ao ar é que o diretor descobriu que o programa não tinha nome. Casé só então deu conta de que havia se esquecido desse "pequeno detalhe". Coube ao Dr. Augusto, no improviso, criar um. Às oito da noite, ele abriu a chave do microfone e anunciou: "A Rádio Philips do Brasil, PRAX, vai começar a irradiar o Programa Casé."
Conforme relato em um artigo publicado na revista "RADIO PHONO" no 12 pág. 391 de Julho de 1930, o transmissor da estação P.R.A.X. foi projetado e construído pelo departamento técnico e oficinas da S./A. Philips do Brasil. O seu projeto é um tanto audacioso e incorpora os últimos processos usados nos modernos transmissores de radiofonia. A potência da estação é de 1000 Watts, sendo essa a soma da potência das válvulas do último estagio acoplado à antena.
Foi desativada em 1936 pela organização holandesa forçada por uma legislação governamental, que criava embaraços para uma emissora com suas características, já que tinha como principal objetivo, divulgar os produtos fabricados e comercializados pela Philips do Brasil conforme descreve Reinaldo C. Tavares em seu livro "Histórias que o Rádio Não Contou".
Outra versão é descrita por Rafael Casé:- A Rádio Philips era a única emissora carioca que chegava a São Paulo, em 1932. Só que, por não apoiar a revolução Constitucionalista, a empresa acabou enfrentando um boicote paulista a seus aparelhos de rádio. E, como a emissora nascera para ajudar a promover os produtos Philips e não para prejudicá-los, a direção da multinacional decidiu vendê-la.
Casé foi procurado, mas, na época, não tinha como dispor dos 50 contos de réis necessários para a compra.
Foi encampada pelo grupo do jornal "A Noite", "Noite Ilustrada" e "Revista Carioca" e transformada em 12 de Setembro de 1936 na conhecida rádio brasileira PRE-8 Radio Nacional do Rio de Janeiro, sendo seus estúdios instalados inicialmente na Praça Mauá número 7, edifício A Noite.

Com fábrica em Guarulhos - SP - à rua Anton Philips no 1, esta indústria fabricou uma série de afamados modelos de rádios entre as décadas de 50 e 60.
Conhecida pelos bons aparelhos que saem de suas linhas de produção, atua hoje em vários segmentos da eletroeletrônica no Brasil.
O modelo L3 X 78 T/01, idêntico a este mostrado na foto, foi o primeiro rádio transistorizado da Philips, lançado em 1957 na Holanda, posteriormente fabricado no Brasil por volta de 1960 como Mod. L3 R 78 T

terça-feira, 5 de abril de 2011

Os primeiros computadores

Primeiros computadores pessoais

Os mainframes surgiam cada vez maiores e caros, sendo utilizados apenas por grandes empresas.
Até o final dos anos 70, reinavam absolutos os mainframes, computadores enormes, trancados em salas refrigeradas e operados apenas por poucos. Apenas grandes empresas e bancos podiam investir alguns milhões de dólares para tornar mais eficientes alguns processos internos e o fluxo de informações. A maioria dos escritórios funcionava mais ou menos da mesma maneira que no começo do século. Arquivos de metal, máquinas de escrever, papel carbono e memorandos faziam parte do dia-a-dia.
Segundo o Computer History Museum, o primeiro "computador pessoal" foi o Kenbak-1, lançado em 1971. Tinha 256 bytes de memória e foi anunciado na revista Scientific American por US$ 750; todavia, não possuía CPU e era, como outros sistemas desta época, projetado para uso educativo (ou seja, demonstrar como um "computador de verdade" funcionava). Em 1975, surge o Altair 8800, um computador pessoal baseado na CPU Intel 8080. Vendido originalmente como um kit de montar através da revista norte-americana Popular Electronics, os projetistas pretendiam vender apenas algumas centenas de unidades, tendo ficado surpresos quando venderam 10 vezes mais que o previsto para o primeiro mês. Custava cerca de 400 doláres e se comunicava com o usuário através de luzes que piscavam. Entre os primeiros usuários estavam o calouro da Universidade de Harvard, Bill Gates, e o jovem programador, Paul Allen, que juntos desenvolveram uma versão da linguagem "Basic" para o Altair. Pouco tempo depois, a dupla resolveu mudar o rumo de suas carreiras e criar uma empresa chamada Microsoft.
Nos anos seguintes, surgiram dezenas de novos computadores pessoais como o Radio Shack TRS-80 (O TRS-80 foi comercializado com bastante sucesso no Brasil pela Prológica com os nomes de CP-300 e CP-500), Commodore 64, Atari 400 e outros com sucesso moderado.

A Apple e a popularização


O Apple II foi lançado em 1977 com teclado integrado, gráficos coloridos, sons, gabinete de plástico e oito slots de expansão.
Em 1976, outra dupla de jovens, Steve Jobs e Steve Wozniak, iniciou outra empresa que mudaria o rumo da informática: a Apple.
Jobs e Wozniak abandonaram a Universidade de Berkeley para poderem se dedicar ao computador pessoal criado por Wozniak, o Apple I. Como Wozniak trabalhava para a HP, o seu projeto precisava ser apresentado para a empresa que recusou de imediato a idéia. Isso abriu o caminho para a criação da Apple, empresa fundada pelos dois que comercializaria os computadores. Montados na garagem de Jobs, os 200 primeiros computadores foram vendidos nas lojas da vizinhança a US$ 500 cada. Interessado no projeto, Mike Makula (na época vice-presidente de marketing da Intel), resolveu investir US$ 250 mil na Apple.
Alguns meses depois, já em 1977, foi lançado o primeiro microcomputador como conhecemos hoje, o Apple II. O equipamento já vinha montado, com teclado integrado e era capaz de gerar gráficos coloridos. Parte da linguagem de programação do Apple II havia sido feita pela Microsoft, uma variação do BASIC para o Apple II. As vendas chegaram a US$ 2,5 milhões no primeiro ano de comercialização e, com o seu rápido crescimento de vendas, a Apple tornou-se uma empresa pública (ou seja, com ações que podem ser adquiridas por qualquer um na bolsa de valores) e ela construiu a sua sede principal - Infinite Loop - em Cupertino, Califórnia.
Com o sucesso do Apple II, vieram o Visicalc (a primeira planilha eletrônica inventada), processadores de texto e programas de banco de dados. Os micros já podiam substituir os fluxos de caixa feitos com cadernos e calculadoras, máquinas de escrever e os arquivos de metal usados para guardar milhares de documentos. Os computadores domésticos deixaram então de ser apenas um hobby de adolescentes para se tornarem ferramentas indispensáveis para muitas pessoas.
Entretanto, até o começo dos anos 80, muitos executivos ainda encaravam os computadores pessoais como brinquedos. Além das mudanças de hábitos necessárias para aproveitar a nova tecnologia, os mais conservadores tinham medo de comprar produtos de empresas dirigidas por um rapaz de 26 anos que há menos de 5 trabalhava na garagem dos pais.

Os computadores pessoais para empresas



O IBM PC utilizava o PC-DOS e possuia a BIOS como única parte de produção exclusiva da IBM.
Em 1980, a IBM estava convencida de que precisava entrar no mercado da microinformática e o uso profissional dos micros só deslanchou quando ela entrou nesse mercado. A empresa dominava (e domina até hoje) o mercado de computadores de grande porte e, desde a primeira metade do século XX, máquinas de escrever com sua marca estavam presentes nos escritórios de todo mundo. Como não estava acostumada à agilidade do novo mercado, criado e dominado por jovens dinâmicos e entusiasmados, a gigantesca corporação decidiu que o PC não podia ser criado na mesma velocidade na qual ela estava acostumada a desenvolver novos produtos.
Por isso, a empresa criou uma força tarefa especial para desenvolver o novo produto. Assim, um grupo de 12 engenheiros liderados por William C. Lowe foi instalado em um laboratório em Boca Raton, na Flórida, longe dos principais centros de desenvolvimento da corporação que, até hoje, ficam na Califórnia e em Nova Iorque. O resultado desse trabalho foi o IBM-PC, que tinha um preço de tabela de US$ 2.820, bem mais caro que os concorrentes, mas foi um sucesso imediato. Em 4 meses foram vendidas 35 mil unidades, 5 vezes mais do que o esperado. Como observou o jornalista Robert X Cringley: "ninguém nunca tinha sido despedido por comprar produtos IBM". Os micros deixaram definitivamente de ser um brinquedo.

A Parceria IBM - Microsoft


Bill Gates é um dos homens mais ricos do mundo graças a parceria com a IBM.
Como todo computador, o IBM PC precisava de um Sistema Operacional para poder ser utilizado. Durante o processo de desenvolvimento do IBM PC, houve uma tentativa sem sucesso de contratar a Digital Research, uma empresa experiente na criação de Sistemas Operacionais, para o desenvolvimento do Sistema Operacional da IBM.
Sem outra alternativa, a IBM recorreu a Microsoft que ofereceu um Sistema Operacional para a IBM, mas na verdade eles não tinham nada pronto. Ao assinar o contrato de licenciamento do DOS (Disk Operating System - Sistema Operacional de Disco) para a IBM, Bill Gates e Paul Allen foram atrás da Seatlle Computer, uma pequena empresa que desenvolvia o Sistema Operacional QDOS e que o vendeu para a Microsoft por US$ 50.000 sem imaginar o fim que esse sistema teria.
A Microsoft então adaptou-o e criou o PC-DOS. O contrato com a IBM previa uma royalty (de 10 a 50 dólares por cada máquina vendida) e um pequeno pagamento inicial. Mas o sistema continuava sobre propriedade da Microsoft, assim como a possibilidade de distribuir versões modificadas (MS-DOS).
Esse contrato é, sem dúvida alguma, um dos mais importantes do século XX pois, através desse contrato, a Microsoft deixou de ser uma microempresa de software para se tornar a empresa mais poderosa no ramo da informática e tornar Bill Gates um dos homens mais ricos do mundo actualmente.

A aposta da Apple para continuar no topo


A aposta Apple para se manter no topo do mercado: o Macintosh. Sua interface gráfica deixava a IBM décadas atrás.
Em dezembro de 1979, a Apple Computer era a empresa de maior sucesso da microinformática. O carro chefe da empresa, o Apple II+ já estava presente em escolas e residências da elite americana. Entretanto, as máquinas ainda eram difíceis de usar. Para operar um microcomputador, era preciso conhecer a "linguagem" do sistema operacional e a sintaxe correta para aplicá-la. Todas as interações do usuário com a máquina eram feitas através da digitação de comandos. Uma letra errada e a operação não era realizada, exigindo a digitação do comando correto. Assim, antes de aproveitar os benefícios da informática, era indispensável aprender todos os comandos de controle do computador.O computador da Apple estava com quase 2 anos de existência e já começava a ficar velho. A empresa precisava criar algo novo para continuar competindo.
A Xerox, empresa que dominava o mercado de copiadoras, acreditava que o seu negócio poderia perder rentabilidade com a redução do fluxo de documentos em papel, por causa do uso de documentos em formato eletrônico. Foi criado então, em 1970, o Palo Alto Research Center (PARC) com o intuito de inventar o futuro.Nessa época o PARC desenvolvia muitas novidades como as redes locais e impressoras laser, mas a pesquisa mais importante era a interface gráfica e o mouse. Após grandes desastres na tentativa de comercializar computadores do PARC (o computador do PARC saia por US$ 17 mil enquanto o da IBM custava apenas US$ 2,8 mil), a Xerox desistiu do projeto.
Steve Jobs também desenvolvia nos laboratórios da Apple a interface gráfica. Buscando saber detalhes de como ela ficaria depois de pronta, trocou opções de compra de ações da Apple por uma visita detalhada de três dias ao PARC. O primeiro produto lançado pela Apple usando os conceitos criados pela Xerox foi o Lisa. Apesar de moderno, não chegou a ser produzido em grande quantidade, pois o mercado não estava preparado para pagar quase US$ 10 mil apenas pela facilidade de uso.
Em 1979 Jef Raskin, um especialista em interfaces homem-máquina, imaginou um computador fácil de utilizar e barato para o grande público. Ele então lançou as bases do projeto Macintosh. O projeto inovador do Macintosh atraiu a atenção de Steve Jobs, que saiu do projeto Lisa com sua equipe para se concentrar no projeto Macintosh. Em janeiro de 1981, ele tomou a direção do projeto, forçando Jef Raskin a deixar o mesmo.
Em 24 de janeiro de 1984 surgiu o Macintosh, o primeiro computador de sucesso com uma interface gráfica amigável, usando ícones, janelas e mouse. Sua acolhida foi extremamente entusiástica, grande parte disso devido as campanhas publicitárias em massa da Apple. O principal anúncio de seu lançamento foi durante o intervalo da Super Bowl XVIII (evento comparável com a importância da Copa do Mundo para o Brasil). Essa propaganda é conhecida como "1984", pois era baseada no livro "Nineteen Eighty-Four" (Mil Novecentos e Oitenta e Quatro) de George Orwell, e retrata um mundo no qual todos eram submetidos ao regime totalitário do "Big Brother" (Grande Irmão). Uma heroína representada por Anya Major destroí um telão no qual o Big Brother falava ao público. O intuito do comercial era relacionar a IBM ao "Big Brother" e a heroína à Apple.

Os "IBM-PC Compatíveis"



A clonagem do BIOS quase tirou a IBM do mercado de PCs.
O mesmo grupo que criou o IBM-PC também definiu que o componente básico do computador, a BIOS, seria de fabricação exclusiva da IBM. Esse chip tem a finalidade de fornecer aos PCs uma interface de entrada e saída de dados. Como todos os outros componentes do computador eram fabricados por outras empresas, a IBM tinha nesses chips a sua maior fonte de renda e a única coisa que vinculava qualquer PC à IBM.
Alguma empresas, dentre elas a Compaq, aplicaram a técnica de engenharia reversa no BIOS, clonaram-na e construíram computadores similares ao da IBM. Em novembro de 1982, a Compaq anuncia o Compaq Portable, primeiro PC que não usa a BIOS da IBM e mantém 100% de compatibilidade com o IBM PC.
Esses computadores são conhecidos como "IBM PC compatíveis" e são os PCs que são vendidos nas lojas até hoje, apenas bem mais evoluídos do que os primeiros PCs. Isso levou a IBM a se tornar uma simples empresa que fabricava computadores pessoais e concorria como qualquer outra nesse mercado. A IBM praticamente abandonou o mercado de PCs e se dedicou ao mercado de servidores, na qual é imbatível até hoje.

 A disputa dos sistemas operacionais - Mac OS e Windows


Sede da Microsoft em Redmond. Sua larga expansão ocorreu graças a popularização do Windows.

A IBM, após perder um enorme mercado com a clonagem do BIOS, via o PC-DOS ficar obsoleto.

Steve Jobs apresentando o Mac OS X Tiger, a 4ª versão do sistema operacional Mac OS X, utilizando os processadores Intel, uma parceria firmada recentemente.
Após o lançamento do Macintosh com a sua interface gráfica, a IBM e a Microsoft perceberam que o DOS já havia se tornado obsoleto perante a interface gráfica do Mac OS (na época chamado de System 1.0) e que iriam perder um grande mercado caso não desenvolvessem algo similar.
Não dispondo de tempo suficiente para criar um sistema operacional totalmente gráfico como o Mac OS, a Microsoft cria o Windows 1.0. Ele era uma interface gráfica bidimensional para o MS-DOS e foi lançado em 20 de Novembro de 1985. Era necessário o MS-DOS 2.0, 256 KB RAM e um disco rígido para executá-lo. Como era uma solução rápida, foi criado um sistema multitarefa "cooperativo", pois não era o processador que controlava a multitarefa mas sim os programas que se interrompiam automaticamente para a execução de outro.
Naquela altura, o MS-DOS só conseguia suportar 1 MB de aplicações. Nessa época, instalado em computadores XTs que tinham apenas 512Kb de memória, ocupava praticamente toda a memória disponível. O Windows 1.0 não foi nenhum grande sucesso comparado com seus sucessores da década de 1990, devido à limitação do hardware da época. Inicialmente, ele foi lançado em quatro disquetes de 5.25 polegadas de 360 KB cada um. Continha o Reversi (jogo), um calendário, bloco de notas, calculadora, relógio, prompt de comando (uma janela direta para o DOS), Write, Control Painel, Paint e programas de comunicação. Permitia a utilização de mouse, janelas e ícones. Nesta versão ainda não havia sobreposição de janelas.
O Windows usufruiu muito da expansão do mercados de PCs, pois como o Mac OS só era executado em computadores da Apple, o Windows era a única opção para os IBM PC Compatíveis. A Microsoft então lançou duas linhas de sistemas operacionais: uma derivada do Windows 1.0 e do DOS, outra de sistemas operacionais totalmente gráficos e orientados a servidores. O Windows XP, lançado em 2001, unificou as duas linhas e seu sucessor, o Windows Vista, modificou bruscamente a interface gráfica do Windows. Atualmente a Microsoft trabalha no Windows Server 2008 (para servidores) e no Windows 7, sucessor do Windows Vista, que foi lançado em Outubro de 2009.
Existe uma discussão sobre o desenvolvimento do primeiro Windows. Na época do lançamento do Macintosh, a Microsoft tinha se oferecido para trabalhar desenvolvendo aplicativos para o Macintosh e, para tanto, receberam três protótipos Macintosh com o System 1.0 instalado. Alguns acreditam que a Microsoft, após ver no Lisa que a interface gráfica os havia colocado décadas atrás, copiou o System 1.0 e remodelou para os computadores da IBM, rebatizando então de Microsoft Windows 1.0.
No entanto Steve Jobs foi demitido da Apple um ano após o lançamento do Macintosh. Ele fundou então a Next e comprou a Pixar da Lucasfilms, depois revendida para a Disney tornando Steve Jobs o maior acionista individual da empresa. Beirando a falência, a Apple compra a Next e traz Steve Jobs de volta em 1997. O sistema operacional da Next tornou-se então a base para o Mac OS X, décima e atual versão do Mac OS. Na época a Microsoft era acusada de monopólio e se a Apple quebrasse e levasse consigo o Mac OS, seria muito difícil para a Microsoft justificar que realmente não era monopolista no mercado de sistemas operacionais. A Microsoft então investiu em ações da Apple sem direito a voto e se comprometeu a desenvolver o pacote Microsoft Office e outros produtos para o Mac OS. O investimento da Microsoft salvou na verdade as duas empresas, uma da falência e outra de um possível processo de divisão como o ocorrido com a AT&T anos antes.
Uma nova discussão recai sobre o novo sistema operacional da Microsoft, o Windows Vista, ter sido criado com base nas inovações do Mac OS X.[1] A própria Apple mostrou numa exposição as semelhanças entre os dois sistemas. Em outubro de 2007, a Apple lança a 5ª versão do Mac OS X, o Mac OS X Leopard, com vários recursos presentes também no Windows Vista. A Microsoft rebate as acusações de cópia afirmando que a Apple teria criado o Leopard com base nas idéias que a Microsoft tinha divulgado anos antes sobre as inovações do Windows Vista.
A Apple insiste até os dias atuais em manter o Mac OS exclusivo para os computadores da Apple. Horas antes do lançamento do Mac OS X Leopard, um grupo de hackers brasileiros chamado BrazilMAC publicou na Internet instruções detalhadas sobre como instalar o programa em IBM PC Compatíveis.[2] Mesmo sendo um processo complexo, milhares de pessoas já baixaram os pacotes com instruções, atualizações e ferramentas de uso disponibilizados pelo grupo BrazilMAC. Segundo responsáveis pela segurança do Mac OS X Leopard, se a utilização do programa em outras máquinas se popularizar, a Apple desenvolverá travas e bloqueios para o Leopard.

 O mercado atual de PCs

Os PCs representam atualmente um dos maiores mercados mundiais. As vendas de PCs crescem constantemente e batem recordes extraordinários. De acordo com a empresa de pesquisa IDC,[3] 66,9 milhões de PCs foram comercializados em 2007, contra 57,9 milhões um ano atrás. As vendas de computadores portáteis contaram muito para o aumento de 15,5% nas vendas globais de PCs de julho até setembro de 2007, em relação ao mesmo período do ano passado, especialmente na Europa, segundo a empresa de pesquisa IDC. A pesquisa também aponta um crescimento maior nas vendas fora dos EUA.
As três maiores fabricantes de PCs de acordo com a IDC, no terceiro trimeste de 2007, são:
  1. HP: 18,8% de participação no mercado;
  2. Dell: 14,4% de participação no mercado;
  3. Acer: 8,1% de participação no mercado;

Vale do Silício


Steve Jobs e Bill Gates. Os co-fundadores da Apple e da Microsoft estabeleceram inicialmente as suas sedes no Vale do Silício.
Vale do Silício, na Califórnia EUA, (em inglês, Silicon Valley), é um conjunto de empresas implantadas a partir da década de 1950 com o objetivo de inovar científica e tecnológica, destacando-se na produção de Chips, na eletrônica e informática. O Vale do Silício abrange várias cidades do estado da Califórnia, ao sul de São Francisco, como Palo Alto e Santa Clara, estendendo-se até os subúrbios de San José.
Como essa região sempre concentrou um grande número de empresas tecnólogicas, o Vale do Silício foi o epicentro do desenvolvimento dos computadores pessoais. Muitas empresas que hoje estão entre as maiores do mundo foram gestadas na região: Apple, Google, NVIDIA Corporation, Electronic Arts, Symantec, Advanced Micro Devices (AMD), eBay, Maxtor, Yahoo!, Hewlett-Packard (HP), Intel, Microsoft (hoje está em Redmond, próximo a Seattle), entre muitas outras.
Tanto a Apple como a Microsoft iniciaram as suas operações nessa região. A interface gráfica desenvolvida pelo PARC também foi criada aqui. A industrialização dessa região teve início nos anos 90, mas o impulso para o seu desenvolvimento se deu com a Segunda Guerra Mundial e principalmente durante a Guerra Fria, devido à corrida armamentista e aeroespacial. Foram as indústrias eletrônicas do Vale do Silício que forneceram transistores para mísseis e circuitos integrados para os computadores que guiaram as naves do Projeto Apollo.

Utilizadores de PCs

Computadores pessoais são normalmente utilizados por um único utilizador com o intuito de realizar tarefas gerais tais como processamento de texto, navegação na Internet, fax, e-mail, execução de conteúdo multimídia, jogos, programação de computadores, etc. O uso de um moderno computador pessoal pode requerer algum conhecimento sobre o sistema operativo e as aplicações nele utilizados, mas não é necessário uma pessoa possuir conhecimento sobre como escrever programas para computadores. No entanto, muitos programadores utilizam primariamente um PC para escrever seus programas.
A indústria de programas está-se a revoltar cada vez mais para a criação de sistemas amigáveis, de fácil uso para o utilizador. O número de programas para PCs cresce rapidamente, principalmente os programas de escritório e os jogos para computadores pessoais. Todos esses programas podem ser utilizados por utilizadores avançados ou não.

Sistemas operacionais

O Mac OS (abreviação de Macintosh Operating System) é desenvolvido pela Apple. No início, até a versão 7, o sistema tinha o nome de System. A primeira versão foi lançada em 1984 com o nome de System 1. A evolução ocorreu com o sistema ganhando uma melhor aparência, mais recursos, programas etc. Até que em 1997 o sistema passou a ser chamado de Mac OS ganhou uma nova versão chamada Mac OS 7.6. A partir deste acontecimento, seguiram-se as versões Mac OS 8 e Mac OS 9. No início de 2000 todos os sistemas operacionais criados ate então foram considerados "antigos" e formaram uma família de versões: Mac OS Classic. Pouco depois, foi lançado a nova geração de sistemas operacionais Mac OS: o Mac OS X. Depois da versão beta, seguiram-se as versões Mac OS X v10.0 (Cheetah) em 2001, Mac OS v10.1 (Puma) no final de 2001, Mac OS X v10.2 (Jaguar) em 2002, Mac OS X v10.3 (Panther) em 2003, Mac OS X v10.4 (Tiger) em 2007, Mac OS X v10.5 (Leopard) em 2007 e a atual versão Mac OS X v10.6 (Snow Leopard) em 2009e o Mac OS X v10.7 (Lion) .

Windows

O Windows é desenvolvido pela Microsoft. É o líder de mercado e o mais conhecido, apesar de grande número de cópias ilegais, erros e falhas freqüentes. Sua primeira versão, Windows 1.0, foi lançada em 1985 e era baseada em interface gráfica do DOS. A versão seguinte, Windows 2.0 ainda usava um executivo de DOS. Essa função foi usada até a versão NT, que usava uma nova tecnologia.

 Linux

Inicialmente desenvolvido e utilizado por nichos de entusiastas em computadores pessoais, o sistema Linux passou a ter a colaboração de grandes empresas, como a IBM, a Sun Microsystems, a Hewlett-Packard, e a Novell, ascendendo como principal sistema operacional para servidores—oito dos dez serviços de hospedagem mais confiáveis da Internet utilizam o sistema Linux em seus servidores web.
Um sistema Linux é capaz de funcionar em um grande número de arquiteturas computacionais. É utilizado em supercomputadores, computadores pessoais e até em aparelhos celulares.
O Linux é na verdade o núcleo dos sistemas operacionais Linux, de forma que todo sistema operacional que tem o núcleo Linux como base, é chamado genéricamente de Linux. Richard M. Stallman, criador e líder do projeto GNU, solicita aos usuários e programadores que se refiram a sistemas baseados no Linux como GNU/Linux pois vários sistemas operacionais Linux construídos em torno do seu núcleo utilizam como base, os programas do projeto GNU, que oferecem interpretador de comandos, utilitários, bibliotecas de software, compiladores, etc.

Estrutura de um IBM PC Compatível


Uma visão explodida de um moderno computador pessoal: 1 - Monitor; 2 - Placa-mãe; 3 - Processador; 4 - Memória RAM; 5 - Placas de expansão; 6 - Fonte; 7 - Dispositivo Óptico; 8 - Disco Rígido; 9 - Teclado; 10 - Mouse.
O PC, tal como o conhecemos hoje, foi desenvolvido pelo grupo da IBM que desenvolveu o IBM PC. O modelo de placa-mãe utilizado sofreu algumas adaptações e passou para PC XT (eXTended - estendido), PC AT (Advanced Technology - Tecnologia Avançada) e na sua versão atual PC ATX (Advanced Technology eXtended - Tecnologia Avançada Estendida).
O grupo de desenvolvedores da IBM definiram que o PC seria uma junção de várias peças construídas por várias empresas (dá-se ao processo de junção dessas peças o nome de "integração"). Logo, as empresas que vendem computadores como a HP e a Dell na verdade não os fabricam, mas apenas integram as peças compradas de várias outras empresas. Por exemplo: um computador da Dell pode ser integrado com um processador Intel, uma placa-mãe Asus, uma placa de vídeo usando a GPU nVidia e assim por diante. No entanto, existem algumas empresas que realmente fabricam algumas peças, como a Compaq.
Com a clonagem da BIOS da IBM e a criação dos "IBM PC Compatíveis", o número de integradoras de computadores e o mercado mundial expandiu com uma velocidade inacreditável. Todo dia as empresas de tecnologia competem umas com as outras pelo desenvolvimento de tecnologias superiores por preços acessíveis. Houve também uma segmentação do mercado, criando segmentos como o de baixo-custo (para mercados emergentes e pessoas que adquirem um computador pela primeira vez) e o Gamer (para jogadores profissionais que dispoem de recursos financeiros para investir em máquinas extremamente potentes).
A expansão do mercado foi algo muito favorável ao ramo da informática, pois estimulou a criação de empresas que competem pelo mesmo mercado e, portanto, não havendo monopólio e preços abusivos por componentes do computador. Os principais mercados com dois exemplos de concorrentes são:

 Microprocessador


Intel Core 2 Duo - Linha de processadores da Intel de dois núcleos. Os processadores recebem dados, processam e fornecem uma sáida de dados.
O microprocessador, popularmente chamado de processador é um circuito integrado que realiza as funções de cálculo e tomada de decisão de um computador. O microprocessador moderno é um circuito integrado responsável pela execução das instruções num sistema. Escolhido entre os disponíveis no mercado, determina, em certa medida a capacidade de processamento do computador e também o conjunto primário de instruções que ele compreende.Embora seja a essência do computador, o microprocessador diferente do microcontrolador, está longe de ser um computador completo. Para que possa interagir com o utilizador precisa de: Memória, E/S Entradas/Saídas, um clock, controladores e conversores de sinais entre outros. Cada um desses circuitos de apoio interage de modo peculiar com os programas e, dessa forma, ajuda a moldar o funcionamento do computador. Hoje existe no mercado processadores multi-nucleares, ou seja, possuem dois ou mais núcleos encapsulados, o que aumenta a capacidade de processamento sem aumentar de forma significativa o consumo de energia e seu custo, pois os núcleos compartilham dos mesmos componentes do sistema.

Placa-mãe



Uma placa-mãe com o barramento AGP destacado. A placa-mãe integra todos os componentes do computador.
A placa-mãe, também denominada em inglês mainboard ou motherboard, é uma placa de circuito impresso eletrônico que integra todos os componentes vitais ao funcionamento do computador pessoal. É considerada o elemento mais importante de um computador pois, como ela permite que o processador se comunique com todos os periféricos instalados, todos os dados que estão sendo transferidos e processados passam por ela. Na placa-mãe encontramos não só o processador, mas também a memória RAM, os circuitos de apoio, as placas controladoras, os conectores do barramento PCI e os chipsets, que são os principais circuitos integrados da placa-mãe e são responsáveis pelas comunicações entre o processador e os demais componentes. As placas-mãe podem ser:
  • On-board:como o próprio nome diz, o componente on-board vem diretamente conectado aos circuitos da placa mãe, funcionando em sincronia e usando capacidade do processador e memória RAM quando se trata de vídeo, som, modem e rede. Tem como maior objetivo diminuir o preço das placas ou componentes mas, em caso de defeito o dispositivo não será recuperável, no caso de modem AMR, basta trocar a "placa" do modem AMR com defeito por outra funcionando, pois, este é colocado em um slot AMR na placa-mãe. São exemplos de circuitos on-board: vídeo, modem, som e rede.
  • Off-board: são os componentes ou circuitos que funcionam independentemente da placa mãe e por isso, são separados, tendo sua própria forma de trabalhar e não usando o processador, geralmente, quando vídeo, som, modem ou rede, o dipositivo é "ligado" a placa-mãe usando os slots de expansão para isso, têm um preço mais elevado que os dispositivos on-board, sendo quase que totalmente o contrário em todos os aspectos do tipo on-board, ou seja, praticamente todo o processamento é realizado pelo próprio chipset encontrado na placa do dispositivo.

Memória RAM


DDR400 de 1GB da Kingston.

Local de colocação da memória RAM na placa-mãe.
Memória RAM (Random Access Memory), ou memória de acesso aleatório, é um tipo de memória que permite a leitura e a escrita, utilizada como memória primária em sistemas eletrônicos digitais.
O termo acesso aleatório identifica a capacidade de acesso a qualquer posição em qualquer momento, por oposição ao acesso sequencial, imposto por alguns dispositivos de armazenamento, como fitas magnéticas.
O nome da Memória RAM não é verdadeiramente apropriado, já que outros tipos de memória (ROM, etc...) também permitem o acesso aleatório a seu conteúdo. O nome mais apropriado seria Memória de Leitura e Escrita.
Apesar do conceito de memória de acesso aleatório ser bastante amplo, atualmente o termo é usado apenas para definir um dispositivo eletrônico que o implementa, basicamente um tipo específico de chip. Nesse caso, também fica implícito que é uma memória volátil, isto é, todo o seu conteúdo é perdido quando a alimentação da memória é desligada.

Placa de Vídeo


Placa de Vídeo Geforce 7800 GT, usando a GPU nVidia.
Placa de vídeo ou placa gráfica é um componente de um computador que envia sinais deste para o monitor, de forma que possam ser apresentadas imagens ao utilizador. Normalmente possui memória própria, com capacidade medida em bytes.
Nos computadores de baixo custo, as placas de vídeo estão incorporadas na placa-mãe, não possuem memória dedicada, e por isso utilizam a memória RAM do sistema, normalmente denomina-se memória (com)partilhada. Como a memória RAM de sistema é geralmente mais lenta do que as utilizadas pelos fabricantes de placas de vídeo, e ainda dividem o barramento com o processador e outros periféricos para acedê-la, este método torna o sistema mais lento.
Também existem duas tecnologias voltadas aos jogadores: SLI e CrossFire. Essas tecnologias permitem juntar duas ou mais placas de vídeo para trabalharem em paralelo, multiplicando o poder de processamento gráfico e melhorando seu desempenho. SLI é o nome adotado pela nVidia, enquanto CrossFire é utilizado pela ATI. Apesar da melhoria em desempenho, ainda é uma tecnologia cara que exige, além das placas de vídeo, uma placa-mãe que aceite esse tipo de arranjo. E a quantidade de energia consumida pelo computador aumenta, muitas vezes exigindo uma fonte de alimentação de maior potência.

Disco rígido


Disco rígido aberto. Sua função no PC é o armazenamento permanente de dados.
O disco rígido é um sistema lacrado contendo discos de metal recobertos por material magnético onde os dados são gravados através de cabeças, e revestido externamente por uma proteção metálica que é presa ao gabinete do computador por parafusos. É nele que normalmente gravamos dados (informações) e a partir dele lançamos e executamos nossos programas mais usados
Este sistema é necessário porque o conteúdo da memória RAM é apagado quando o computador é desligado. Desta forma, temos um meio de executar novamente programas e carregar arquivos contendo os dados da próxima vez em que o computador for ligado. O disco rígido é também chamado de memória de massa ou ainda de memória secundária.
Nos sistemas operacionais mais recentes, o disco rígido é também utilizado para expandir a memória RAM, através da gestão de memória virtual. Nesse sistema, parte do disco rígido é considerado como uma extensão da memória e os dados que não podem ser gravados na memória RAM convencional são armazeanados temporariamente aqui.
Existem vários tipos de discos rígidos diferentes: IDE/ATA, Serial ATA, SCSI, Fibre channel, SAS.

Os computadores Apple


Novo iMac - Uma moderna revisão do Macintosh com todos os componentes do computador inclusos numa única peça.
Macintosh, ou Mac, é o nome dos computadores pessoais fabricados e comercializados pela Apple Inc. desde janeiro de 1984. O nome deriva de McIntosh, um tipo de maçã apreciado por Jef Raskin. O Macintosh foi o primeiro computador pessoal a popularizar a interface gráfica (GUI), na época um desenvolvimento revolucionário. Ele é muito utilizado para o tratamento de vídeo, imagem e som.
Os primeiros modelos foram construídos em torno dos microprocessadores da família 68000 da Motorola. Com o surgimento de arquiteturas mais poderosas, a partir de 1994 foi empregada a família de processadores PowerPC da IBM e Motorola. Em 2006, uma nova transição ocorreu, com a adoção de processadores Intel, da família Core.
Em Setembro de 2006, três diferentes processadores são utilizados nos diferentes modelos de Macintosh à venda:
  • Core Solo: processador menos poderoso, usado em modelos mais simples de Mac Mini
  • Core 2 Duo: processador voltado para uso em notebooks de alta performance, usado em Mac Mini, MacBook, MacBook Pro e iMac
  • Xeon 5100: processador voltado para uso em servidores, usado na workstation Mac Pro e nos servidores Xserve.
Os Macintosh funcionam normalmente com o sistema operacional Mac OS, mas outros sistemas também são disponíveis, como o Linux ou FreeBSD. Um cluster de PowerMacs G5 apelidado de Big Mac era um dos computadores mais rápidos em 2003.

Computadores portáteis

Um laptop (também chamado de notebook) é um computador portátil, leve, designado para poder ser transportado e utilizado em diferentes lugares com facilidade. Geralmente um laptop contém tela de LCD (cristal líquido), teclado, mouse (geralmente um touchpad, área onde se desliza o dedo), unidade de disco rígido, portas para conectividade via rede local ou fax/modem, gravadores de CD/DVD, os mais modernos não possuem mais a unidade de discos flexíveis (disquetes). Quando há a necessidade de se utilizar um desses, pode-se conectar uma unidade externa em uma das portas USB.
A expressão laptop deriva da aglutinação dos termos em inglês lap (colo) e top (em cima) significando computador portátil, em contrapartida aos desktop (em cima da mesa).
Laptops podem ser divididos em duas categorias: os portáteis, voltados especialmente aos que necessitam de um computador como acessório de trabalho, mas que se locomovem com frequência entre um lugar e outro, e os desktops replacements, voltados a pessoas que querem computadores com alguma mobilidade, e com perfomance semelhante à de um computador de mesa.
Laptops portáteis são pequenos e leves, e são designadas de modo a fazerem com que suas baterias sejam capazes de abastecer o laptop por um longo período (quatro a cinco horas ou mais). Isto vem a custo de outras especificações do laptop, como RAM (raramente superior a 1 GB), placa de vídeo (raramente superior a 128 MB, compartilhado), velocidade do processador raramente superior a 1,8 GHz, e raramente mais do que 80 GB de espaço no disco rígido. As telas mais comuns são as de 14" (ou 14,1" em widescreen) e 15" (ou 15,4" em widescreen).

 Os dispositivos móveis

Um dispositivo móvel, designado popularmente em inglês por handheld é um computador de bolso habitualmente equipado com um pequeno ecrã (output)e um teclado em miniatura (input). No caso dos PDAs, o output e o input combinam-se num ecrã táctil.
Os mais conhecidos são os mp3 players e os smartphones, sendo ambos mais fabricados pela Apple. Atualmente a Apple mantém uma linha completa de dispositvos móveis e o mais inovador é o iPhone. O iPhone se trata de um celular com inúmeras outras capacidades, como acessar a internet (não apenas a rede WAP, mas a qualquer site da internet), escutar música, ter acesso a notícias, clima, mapas mundiais, calendário, agenda, etc. Tudo isso disponibilizado numa tela touchscreen ou seja, um toque de dedo na tela do celular ativa a função. Ele utiliza uma variação do [Mac OS X] específica para a sua arquitetura. Foi um sucesso de vendas nos EUA e está sendo atualmente comercializado na Europa. Deve chegar na Ásia em 2008 e em 2009 no Brasil.
Não apenas o iPhone mas vários outros dispositivos que executam variações de sistemas operacionais originalmente usados em PCs (como o Windows Mobile), levam a um questionamento sobre a extensão do termo computador pessoal a esses dispositivos também.